Espírito de Simplicidade

Escrito por Gustavo Galdini

Me senti na necessidade de explicar a filosofia e ética deste site que tanto amo produzir para Paróquia de Sant'Ana.

Crítica à Modernidade

Em nossos tempos os sites são iguais, sem personalidade. Remate sem sentido que é o JavaScript de todos os lados - isso é necessário? Se não sabem, o site de hospedagem desta Paróquia é exatamente a favor do que estou falando, navegue pelos sites do Neocities e verá a personalidade singular de cada.

"Tudo que queria é consumir as informações e não ser surpreendido por fantasmas sarapintados"

O problema

Sinto-me coagido a participar deste círculo moderno, criando sites complexos, cheios de JavaScript, cheios de purpurina e adornos (bloated). Sobre o JavaScript, não trato aqui, mas acho completamente desnecessário para sites - existe para o usuário ficar mais excitado, vai ver: o esqueleto do site é pobre de conteúdo. Os sites melquitas usam JavaScript para agradar os olhos do usuário (eye candy), sem nem mesmo pensar na minoria com tecnologia de baixa performance. Sério, tento abrir os sites melquitas no meu celular de 2011 e todos quebram, porque usam JavaScript (de licenciamento privativo, inclusive) e são modernizados. Tudo bem. Vamos comparar a velocidade de sites: o meu ganha - obviamente. O meu é infinitamente mais acessível. Não há espaço para deshumildade. Fato é: o espírito do homem desbravador dos anos 2000 naqueles sites super excêntricos nos falta.

A WWW está tão "bem" das pernas que existem pessoas procurando alternativas a ela, veja: as pessoas estão querendo consumir o conteúdo sem distrações!

Para isso criou-se o protocolo Gemini, que é essencialmente igual ao Gopher, mas com melhorias. Eles distribuem texto, texto puro. O Gemini, singularmente, consegue consolidar imagens e texto. Simples: o essencial esses protocolos fornecem.

Software Privativo e de Código-Aberto

É uma honra iniciá-los e apavorá-los com o significados destes termos. Bem, software privativo "é um software para computadores que é licenciado com direitos exclusivos para o produtor" [1] - O que é um software? Um programa de computador. Antípoda: software de código-aberto "é o software de computador que tem seu código fonte disponibilizado e licenciado com uma licença de código aberto no qual o direito autoral fornece o direito de estudar, modificar e distribuir o software de graça para qualquer um e para qualquer finalidade" [2]

Ou seja, software privativo te restringe com o que pode fazer com o software, por exemplo, o sistema operacional Windows restringe o usuário de ver seu código fonte - nisso, quem usa nem mesmo sabe o que o software faz realmente. Bizarro.

Não obstante, softwares privativos são invasivos, na oportunidade que têm vendem suas informações para anunciantes, te obrigam a atualizar o computador e ter um com "melhor desempenho" (Windows) - sem generalizar, mas a maioria é assim: principalmente as oriundas de empresas.

Neocities (hospedagem do site da Paróquia) é software de código-aberto, front-end e back-end são abertos. Qualquer um pode auditar o código fonte e é mantido pela comunidade. O termo de uso de serviço é claro e de fácil leitura. Difere daqueles que são longas papeladas burocráticas.

E então?

Vale a pena visitar um site que inspirou-me a criar este. É do bispo Alexandre, irmão em Cristo, porém, ortodoxo. O site consta aqui para quem quiser dar uma olhada.

Achei que deveria explicar o porquê do site ser desta forma, simples - sem anúncios, sem tracking, sem ligação com a Google ou outras corporações. As requisições do site são simplesmente as imagens e/ou o texto, non plus ultra.

Se houver reclamações em demasia da qualidade do site, irei fechá-lo.